Dotado de personalidade distinta, o Projecto Travessa da Ermida é um projecto de referência orientado pela valorização do património histórico e pela dinamização do tecido artístico e cultural contemporâneos. Neste singular ponto de encontro, de intimidade e de dinamismo, as memórias do passado dialogam com variados domínios das artes visuais e performativas contemporâneas, visando a sua penetração nos diversos públicos que o visitam e frequentam. 

O Projecto Travessa da Ermida promove iniciativas artísticas e culturais de excelência sem fim comercial impregnadas por uma natureza experimental. A idiossincrasia arquitectónica e histórica da Ermida de N. Sr.ª da Conceição, na Travessa do Marta Pinto, em Belém, estimula e desafia os artistas à criação de obras específicas destinadas ao interior do espaço expositivo.

Em simultâneo, o desígnio programático ultrapassa os limites físicos do edifício, não apenas aliando o carácter emblemático e histórico da rua a intervenções temporárias e permanentes nas fachadas e na rua mas estendendo-se também a um conjunto de projectos paralelos artísticos e culturais na cidade e no território nacional que em muito ultrapassam a especificidade geográfica daquele.

O Projecto Travessa da Ermida promove ainda uma dimensão ensaística e crítica direccionada para a investigação e o conhecimento, registada num conjunto de publicações.

Com programação artística própria ou em parcerias, a actividade do Projecto Travessa da Ermida conta com a assinatura dos mais proeminentes artistas e autores nacionais, artistas nacionais das novas gerações e variados artistas internacionais.

Após longos anos de abandono, a Ermida de N. Srª. da Conceição, assume-se enquanto âncora do projecto. Como regista Inês Campos no livro A Ermida – Uma História de Lisboa e Belém, “Hoje está reabilitada e transformada, pronta a assumir o seu destino no século XXI. Foi inaugurada pelo Padre José da Silva Carvalho em 1707. Passaram exactamente trezentos anos e em 2008, o nosso templo é de novo inaugurado (…) com o fim de glorificar e sacralizar a arte contemporânea e antiga, o conhecimento, a filosofia, a verdade, a história da cidade e do povo que com ela evoluiu. Através da Ermida é possível desvendar um conjunto de memórias, contribuir para novas vivências e descobrir novas possibilidades de expressividade.”

 

 

  

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